O livro tem uma bela - e muito adequada - edição |
O melhor conto é o primeiro, 1922. O título se refere à data em que se passam os episódios envolvendo uma família de agricultores - mãe, pai e filho. O cenário é uma propriedade rural que a mulher deseja deixar para trás, à revelia de seu marido, que acaba levando o filho à cumplicidade em um plano criminoso.
O que se desenrola é um crescendo de alucinação e culpa, que resulta em uma espiral de mais crimes e remorso. King sugere o sobrenatural, mas o horror está no mundo real, no interior da mente dos personagens.
Gigante do volante também é um bom conto, mas o autor cai no seu defeito de se enrolar um pouco na narrativa. Perdendo fluidez em alguns momentos, a leitura ainda assim se segura porque King consegue manter a expectativa pelo que virá a seguir. Como os personagens vão agir, quais serão as transformações no comportamento das pessoas. E, claro, o leitor se pega pensando no que faria no lugar dos envolvidos na trama.
A narrativa de vingança resvala um tanto para o inverossímil, mas funciona. King só abusa do cacoete de contrapor, com algumas palavras após o que seria o ponto final, o que acaba de afirmar nas últimas linhas. É um recurso de estilo que torna o texto um tanto chato e previsível. Você sabe que ao final de quase todo parágrafo ele vem com esse contraponto.
Extensão justa é o conto mais curto, o único de conteúdo sobrenatural e destoa do livro. Não chega a comprometer muito a experiência da leitura, uma vez que também é a narrativa mais curta. Mas é um conto que qualquer fã bem treinado do autor poderia ter escrito.
Em Um bom casamento King também não recorre ao sobrenatural e volta ao tema de violência contra a mulher. No posfácio do livro, o autor fala de onde tirou inspiração para os quatro contos, esse último deles praticamente a reprodução de um caso real. King faz uma crítica nada velada que poderia muito bem ter sido inspirada nos recentes fatos ocorridos no brasil, em que a mulher é a primeira suspeita de uma violência que sofreu. Mas o autor está falando de seu próprio pais, os Estados Unidos, e o livro foi lançado em 2009.
Em Um bom casamento King também não recorre ao sobrenatural e volta ao tema de violência contra a mulher. No posfácio do livro, o autor fala de onde tirou inspiração para os quatro contos, esse último deles praticamente a reprodução de um caso real. King faz uma crítica nada velada que poderia muito bem ter sido inspirada nos recentes fatos ocorridos no brasil, em que a mulher é a primeira suspeita de uma violência que sofreu. Mas o autor está falando de seu próprio pais, os Estados Unidos, e o livro foi lançado em 2009.
Escuridão total sem estrelas tem 390 página e tradução de Viviane Diniz. Foi lançado em edição muito bem feita da Suma de Letras: o título é impresso em verniz cinza-escuro sobre a capa preta, mesma cor das lombadas. Nada mais apropriado ao autor e ao título do livro.
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