sábado, 10 de janeiro de 2015

Tsundoku

Me aguardem, um dia leio todos

Descobri o mundo dos podcasts há uns cinco anos e, desde então, eles ocuparam o som do carro, as corridas, os momentos de trabalho braçal em casa. Literatura, idiomas, cinema, ciência, contos, audiolivros entraram no radar. E os áudios se referenciam, levam a outras gravações. E lá vêm mais dicas. Hoje aguardo com expectativa o momento em que os participantes do Anticast e do Braincast dão suas sugestões culturais, especialmente se envolvem livros.

Livros... Tem sido estimulante descobrir a quantidade de jovens discutindo literatura, divulgando livros, publicando regularmente programas para ver e ouvir: Homo Literatus, que produz o podcast 30 Minutos, o Livrocast, do Lokotopia, os vídeos do Literatorura, Tatiana Feltrin, Mell Ferraz e Pam Gonçalves, só para citar alguns.

Há várias expressões e palavras curiosos, como chick lit, os "romances leves" voltados para mulheres "modernas e independentes; o YA (young adults), títulos mais "maduros" para jovens; o book haul, em que o blogger apresenta os livros que planeja ler em determinado período; o TBR (To Be Read) Jar Book, cuja tradução seria algo como "jarro de desejo das leituras"; e o "unboxing", filmagem comentada de um produto sendo desembalado, no caso, livros.

E aí ainda me aparece o Maratube, uma jornada literária prevista para os dias 18 a 31 deste mês. Coisa "simples": ler sete livros no período, complementando com alguns desafios. E tem também a Maratona Literária de Verão, um período maior, mas com mais livros. Saudades das férias escolares...

Vou continuar ouvindo meus podcasts e tentar chegar à meta de três livros por mês no ano. E me conter para não ampliar o tsundoku. Pois é, os japoneses tem até uma palavra para exprimir o impulso de comprar e acumular livros não lidos. Mais uma expressão nesse dialeto todo particular compartilhado pela inquieta tribo da leitura.

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