Leitura rápida e saborosa; e tem em português |
Ray Bradbury transformou praticamente cada
episódio de sua vida em um conto, romance, peça teatral ou roteiro. O resultado
são dezenas de obras, com destaque para Fahrenheit 451, narrativa de um futuro
distópico em que os livros foram banidos por estimular o pensamento crítico nos
leitores. A obra foi levada ao cinema por François Truffaut.
Zen e a arte da escrita reúne ensaios em
que o autor norte-americano fala de sua rotina de escritor desde a
adolescência, de como transformava listas de palavras, acontecimentos banais, amores
e ódios em ficção. Bradbury escreveu muito, principalmente ficção científica, mas
era um artista versátil. Foi convidado por John Huston para escrever o roteiro
da adaptação para o cinema do clássico Moby Dick, de Herman Melville.
Essa coleção de ensaios sobre criatividade é
uma leitura rápida e saborosa, como a maior parte dos contos de Bradbury. E
fazem pensar um bocado, como alguns títulos de sua obra. O risco desse estímulo
ao pensamento crítico é o desejo de transformar experiências e ideias em textos.
Justamente o medo dos regimes fundamentalistas e totalitários
que acabam preferindo resolver o “problema” pelo fogo, a 451 graus Fahrenheit.
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