sábado, 6 de agosto de 2016

Estímulo à criatividade

Leitura rápida e saborosa; e tem em português

Ray Bradbury transformou praticamente cada episódio de sua vida em um conto, romance, peça teatral ou roteiro. O resultado são dezenas de obras, com destaque para Fahrenheit 451, narrativa de um futuro distópico em que os livros foram banidos por estimular o pensamento crítico nos leitores. A obra foi levada ao cinema por François Truffaut.

Zen e a arte da escrita reúne ensaios em que o autor norte-americano fala de sua rotina de escritor desde a adolescência, de como transformava listas de palavras, acontecimentos banais, amores e ódios em ficção. Bradbury escreveu muito, principalmente ficção científica, mas era um artista versátil. Foi convidado por John Huston para escrever o roteiro da adaptação para o cinema do clássico Moby Dick, de Herman Melville.

Essa coleção de ensaios sobre criatividade é uma leitura rápida e saborosa, como a maior parte dos contos de Bradbury. E fazem pensar um bocado, como alguns títulos de sua obra. O risco desse estímulo ao pensamento crítico é o desejo de transformar experiências e ideias em textos.

Justamente o medo dos regimes fundamentalistas e totalitários que acabam preferindo resolver o “problema” pelo fogo, a 451 graus Fahrenheit.

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