segunda-feira, 30 de abril de 2018

Ratos mutantes


Livro tem terror, sexo e crítica social

O inglês James Herbert ficou conhecido como o "Stephen King britânico". Era admirado pelo best-seller norte-americano, que cita exemplos de seu trabalho em "Dança Macabra", livro onde lista e comenta referências de sua obra. Resolvi dar uma chance para "The Rats", que achei em uma versão audiolivro. 

Sua obra de estreia, "The Rats" foi lançado em 1974, e tornou-se um sucesso imediato. Hoje a fórmula parece datada, e ficou mesmo, quase 50 anos depois. Ratos mutantes começam a atacar pessoas e animais com agressividade e frequência progressivas, e um professor acaba tomando a frente para combatê-los. É a historia recorrente de uma mutação em um animal que normalmente já causa repulsa, como o rato, e uma pessoa comum acaba por se tornar o herói.

A descrição da violência dos ataques é crua e detalhada. Como também são detalhadas as cenas de sexo, elemento comum na literatura popular da década de 1970. O autor alterna essas cenas com os ataques que se sucedem em ambientes diferentes e uma nada sutil crítica ao chamado  poder público, indiferente às populações pobres marginalizadas vivendo em áreas degradadas com acúmulo de lixo.

Ouvi o audiolivro (são apenas 6 horas e 14 minutos) em uma semana de idas e vindas no trânsito. O narrador David Rintou capricha na dramatização da história, colocando dinâmica nas sequências mais tensas e movimentadas. Um guilty pleasure que vale como passatempo no anda-e-para dos congestionamentos. Mas não sei se dedicaria tempo para ler como livro impresso.




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